terça-feira, 7 de novembro de 2017

MOTO TOUR AMAZÔNICO

O GRUPO
Köche/Eliane: NX 400  Rene: XRE-300 Naor: NX 400

O PLANEJAMENTO (elaborado pelo Köche )













Dia 05 Outubro de 2017

Recepção ao Rene, que veio de Limeira/SP e confraternização noturna.













O ASFALTO

Dia 06 Out
Partida as sete da manhã de A. Claras/DF para reunião com Köche e esposa em Brazlândia, chegada em Gurupi para pernoite em torno de 18:30.
Em Tocantins


Trajeto ótimo com paradas a cada 80/100 km, Köche e esposa liderando o trio. Pelo crepúsculo chegamos a Porangatu.


Dia 07 Out
Partida logo depois das sete e trinta. Estradas boas, pouco movimento.
Chegada em Xambioá/TO, local de muita história, já noite. Hotelzinho simples, o primeiro encontrado. Chuveiro frio com água quente do sol e wifi de primeiro mundo.

Jantar com muito peixe no restaurante do Edmundo.

A POEIRA

Dia 08 Out

Saída bem cedo para cruzar, de balsa, o rio Xingu.





Prosseguimos por asfalto até depois de Marabá/PA, quando a encrenca, digo aventura começou. Muito pó, pontes precárias de madeira, as motos saltando nas "costelas" da estrada.



Em torno de 15:30 chegamos a Novo Departamento, onde o Rene foi entrevistado por jovens locais.

Pernoite em Pacajá/PA, onde acontecia uma festa com rodeio e tivemos alguma dificuldade para encontrar hotel.
09Out
Saída pela manhã, estradas igualmente difíceis.
Lá pelas tantas, derrapei no pó e um belo tombo, espelhos quebrados e tornozelo torcido.
Após alguns km o piso ficou mais firme e deu para rodar entre 60 e 70 km/h.


Após 79 km o velocímetro parou: prossegui sem espelho e velocímetro, no máximo em terceira marcha.
Köche (com garupa) e Rene me deixaram ir na frente e foram bem.
Chegada em Uruará, para pernoite, com pit stop para comprar espelhos e religar o cabo do velocímetro.  Noite embalada pelo cheiro da gasolina extra do Rene que vazou.
Pé esquerdo muito inchado e doendo, tornando a pilotagem impossível para o trecho até Rurópolis. Noite ruim, preocupado com os próximos 180 km de piso de terra.

A LAMA
10 Out
Dia previsto para chegar em Alter do Chão, distante 550 km.
A noite choveu forte, decidi fretar uma F-350, conduzida pelo Gustavo, para me levar à Rurópolis. Os amigos resolveram prosseguir de moto. O pó virou um lamaçal, onde carreta anda de lado! O barro adere ao pneu, travando no para lamas.


                              Trânsito parado em atoleiros e a 7 km resgatei o Rene, um tombo só. 



Mais dois km o Köche, duas quedas, também embarcou no caminhão.
Os locais caiam com as Pop! Só moto trail, com pneu borrachudo ou corrente passaria! Pobres caminhoneiros, abandonados à própria sorte por essa escumalha de políticos ladrões que temos!






De F-350 chegamos a Rurópolis as 16 horas e desembarcamos dispostos a rodar os 260 km até Alter, porém uma das motos apresentou problemas e resolvemos pernoitar.  Aproveitamos para trocar óleo, filtros e regular correntes.












Hotel em Rurópolis

O 8
O PARAÍSO

Dias 11
260 km de bom asfalto de Rurópolis até Alter do Chão, com direito a wifi em plena transamazônica.  


Rene e Köche deram um primeiro mergulho enquanto esperávamos o pirarucu e o tucunaré.



Alter do Chão, lugar paradisíaco, nos hospedamos na Pousada Coração Verde, onde o Sr Haroldo e sua filha Aurineide nos deram atendimento gentil e amigo.

As fotos do lugar falam por si. Dia 12, mesmo sendo feriado o pequeno comércio funcionou.
Lavamos as motos, que estavam cobertas de pó. A Pousada nos apresentou uma senhora que lavou nossas roupas que estavam imundas de pó e lama. 


                                         Perdi alguns passeios para recuperar o pé esquerdo. 

                                                                  Almoço na Casa do Saulo
Comidas típicas, excelente sorvete, peixes, um paraíso para quem completara quase 2500 km de moto.


O BARCO
15Out
De comum acordo resolvemos prosseguir até Belém de barco, cobram 350 reais por moto e 600 por camarote para duas pessoas, bilhetes comprados na própria pousada em Alter.

                                                           Saída de Alter do Chão.

EM Santarém, após 30 km de asfalto, nos hospedamos na orla fluvial.



16 Out
Logo após o café tocamos para o porto, para localizar o Anne Karoline.
Muito arroz sendo descarregado, o barco levantou com duas horas de atraso. Viagem interessante para quem nunca fez. Para os locais deve ser tediosa, dormem quase o tempo todo. No nosso convés há uma lanchonete bem precária e uma cozinha que fornece quentinhas por quinze reais, além de um bebedouro com água gelada.

No convés superior há uma área livre muito agradável na popa, onde passamos bom tempo conversando.
O "camarote" para duas pessoas é minúsculo, tem ar condicionado, banheiro com pia, vaso sanitário e chuveiro à conta gotas.


17 Out

Parada de madrugada em um atracadouro modesto, que soube ser a localidade chamada Prainha. Acordei às seis da manhã com o barco parado em Almeirim. Ao meio dia parada em Gurupá.
                                                  Gurupá. 

Em torno das 15 horas um pequeno barco a motor abordou o nosso: vendedores de camarão salgado, frutas e açaí.

De repente surgiram dezenas de canoas a remo, algumas conduzidas por crianças muito pequenas. Do nosso barco começaram a ser atirados sacos plásticos que eram recolhidos pelas pessoas das canoas.
São roupas, brinquedos, comida: doações de pobres para outros mais pobres ainda!

Entramos no Estreito de Breves. Mais pequenas comunidades ribeirinhas, barquinhos e vendedores.
                                                            Vista noturna de Breves, Ilha de Marajó. 

Pela manhã caiu uma chuva torrencial, que durou pouco mas lavou boa parte do convés e incomodou o pessoal das redes.



A Belém - Brasília

18Out

Vento muito forte pela manhã, dificultando o deslocamento dentro do barco.
Depois o tempo melhorou e pudemos observar as casas dos ribeirinhos, o tráfego de chatas
                                                         Uma colônia de pescadores  (Barcarena).

Em torno do meio dia aportamos em Belém. Estrutura portuária precaríssima: mais de duas horas e muito stress para desembarcar as motos: "custo Brasil”.
Elson e Calderaro, nos aguardavam no Porto de Belém.
 Cruzamos o centro de Belém com trânsito pesado e rodamos até São Miguel do Guamá para pernoitar: vento forte e chuva na chegada já anoitecendo.

19Out

Desde Belém aminha moto apresentou cortes de combustível, ficando em risco quando das ultrapassagens. Insisti até Paragominas, mas a situação só foi piorando. Liberei o amigo Köche e esposa e procurei a oficina da Honda.

Atendimento excelente, limpeza de carburador, 67 reais: fim do problema.
Toquei até Estreito: churrasquinho, banco, farmácia e cama.


                                                                             Hotel Classic em Estreito. 

20 Out

Trecho entre Estreito e Wanderlândia com asfalto ruim: moto "quicando nas "costelinhas”. Coffee break em Colinas do Tocantins.
Muito vento lateral até o posto Tabocão!
Um olho no frango, outro no gato! Toquei até Alvorada, onde pernoitei. Últimos 70 km com asfalto ruim, tive que sair pro acostamento forçado por um ônibus. Lanche bom e pernoite no Hotel Cristal.

21 Out

Alvorada as cinco e quarenta e cinco, e tome estrada. 240 km até Uruaçu, duas horas e meia depois, quando me livrei da Belém - Brasília e seus caminhões.
Aí foi só alegria,  asfalto bom, estrada vazia. Regulagem de corrente em Padre Bernardo.
                                                                      Chegada em casa as 13:53.
Há que se acrescentar 180 km de caminhão e mais cerca de 700 de barco pelo Tapajós!


A EXECUÇÃO
O mapa mostra o nosso trajeto, incluindo o trecho de cerca de 700 km feito de barco, entre Santarém e Belém.

Ao finalizarmos, nosso companheiro Rene prosseguiu até o Oiapoque.

Texto: Naor Seixas Monte
Fotos: Naor, Koche e Renê








3 comentários:

  1. Excelente. Cel Ramírez. Virago 535. Só asfalto rsrsrsrsrsrs

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  2. Excelente, amigos motociclistas,e muito bem documentado. Parabéns!

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  3. Excelente, amigos motociclistas, muito bem documentado. Parabéns!

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